Há tempos em nossa
vida que contam de forma diferente.
Há semanas que
duraram anos, como há anos que não contaram um dia.
Há paixões que
foram eternas, como há amigos que passaram céleres, apesar do calendário mostrar
que eles ficaram por anos em nossas agendas.
Há amores não
realizados que deixaram olhares de meses, e beijos não dados que até hoje
esperam o desfecho.
Há trabalhos que
nos tomaram décadas de nosso tempo na terra, mas que nossa memória insiste em
contá-los como semanas.
Há casamentos que,
ao olhar para trás, mal preenchem os feriados das folhinhas.
Há tristezas que
nos paralisaram por meses, mas que hoje, passados os dias difíceis, mal
guardamos lembranças de horas.
Há eventos que
marcaram, e que duram para sempre,o nascimento do filho, a morte do pai, a
viagem inesquecível, um sonho realizado.
Estes têm a duração
que nos ensina o significado da palavra “eternidade”.
Já viajei para a
mesma cidade uma centena de vezes, e na maioria das viagens o tempo do percurso
foi quase o mesmo.
Mas conforme meu
espírito, houve viagem que não teve fim até hoje, como há percurso que nem me
lembro de ter feito, tão feliz eu estava na ocasião.
O relógio do
coração – hoje eu descubro – bate em freqüência diversa daquele que carrego no
pulso.
Marca um tempo
diferente, de emoções que perduram e que mostram o verdadeiro tempo da
existência da gente.
Por este relógio,
velhice é coisa de quem não conseguiu esticar o tempo que temos no
mundo.
É olhar as rugas e
não perceber a maturidade e as experiências adquiridas.
É pensar antes
naquilo que não foi feito, ao invés de se alegrar e sorrir com as lembranças do
que viveu.
Pense
nisso.
E consulte sempre o
relógio do coração: É ele que lhe mostrará o verdadeiro tempo da
vida
A vida é o dever
que nós trouxemos para fazer em casa
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira. ..
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê, já se passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado.
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas
Seguraria o amor que está à minha frente e diria: - Eu te amo
Desta forma, eu digo: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo;
Não deixe de ter pessoas ao seu lado, por puro medo de ser feliz,
a única falta que sentirás, será desse tempo que infelizmente jamais voltará."
Texto: Mario
Quintana
EXCELENTE DOMINGO À
TODOS