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terça-feira, 28 de setembro de 2010

As cores dos dias cinzas - momento de inspiração


Nem todo dia é dia de sol, mas isso não significa que o seu brilho não esteja lá. São nos dias de silêncio que, talvez, eu mais enxergue com clareza. Tudo fica frio e as verdades saltam aos olhos com mais evidência. São novas velhas experiências que sempre chegam a visitar-me. Elas chegam, estimulam as mesmas sensações, mas não posso dizer que as percepções são as mesmas. Ao longo do caminho, temos a oportunidade de olhar de vários ângulos a mesma coisa e, assim, passar a escolher os melhores olhares.


Olho para esta nova velha amiga - madura experiência, se assim posso chamá-la - e vejo que não vale a pena o choro, o drama, a angústia... já sei como funcionam esses olhares. Na verdade, de nada valem! Acho que depois de tantas visitas, a minha consciência começa a clarear e perceber que a melhor coisa a fazer é silenciar e deixar passar... sem apegos, sem identificações. É aceitar a natureza do momento, é rir de mim mesma e esperar o sol novamente.


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Aninha*