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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

gaiola (momentos de inspiração...)

Ás vezes os seres humanos são como este passarinho: todos coloridos...mas só por fora. Parecem felizes, sorriem, estão bem com toda a gente, embora por dentro possam estar mesmo numa prisão! Uma prisão escura, fria, solitária ...chamada tristeza, onde o preso - o coração - está fraco, arrasta - se pela cadeia, a gritar (quase sem fôlego), e a implorar ao nosso corpo que o liberte, nem que seja pelos olhos, ou pela doença, mas ele acaba sempre por arranjar uma maneira de se libertar! Ou é por livre vontade, ou é à força.


Também nos sentimos como este pássaro, presos numa gaiola quando queremos dar alguma coisa, fazer alguma coisa boa por alguém que sentimos que precisa de nós, quando tentamos ajudar outras pessoas e elas ignoram - nos, respondem - nos mal, ou quando não podemos por vários motivos. Sentimo - nos sufocados. Quando estamos muito angustiados por qualquer motivo, também somos como este pássaro, preso na sua gaiola.

Ao menos este pássaro está na gaiola, mas tem espaço à sua volta, tem ar e tem sol, vento, chuva, tem uma casotinha mais pequenina dentro desta grande onde se protege das intempérias...ás vezes temos uma intempérias na nossa alma e não temos casotinhas onde nos abrigarmos. E mais uma vez, é o nosso corpo que trata de tudo! A bem e, ou a mal...

Outras vezes, temos intempérias no nosso coração, mas o sol no nosso exterior acaba por suavizar e aquecer - nos, isso faz - nos voltar à casotinha mais pequenina. Mas se fazemos isto muitas vezes, lá vai o nosso corpo entrar outra vez ao serviço, a bem e, ou a mal.

Umas vezes, mesmo na prisão interior, acompanhada de outras prisioneiras (as emoções) apesar da sua presença, conseguimos ver o sol, temos luz, ar, sentimos o que se passa à nossa volta...e estamos tranquilos nem que seja na cosotinha mais pequenina, voamos sem limitações.

Outras vezes, a angústia é tanta, temos dentro de nós uma intempéria, com chuvas fortes, inundações, ventos ciclónicos, vulcões, trovoadas fortíssimas...que ficamos sem luz! Tudo se torna aterrador!

Nestas ocasiões: umas pessoas mesmo nesta tempestade, permanecem nas casotinhas mais pequeninas à espera que o mau tempo passe, sossegadinhas, quentinhas, tranquilas...outras não aguentam semelhante tempestade, saem das casotinhas apavoradas e cometem actos de loucura, para tentar sobreviver, mas acabam por construir uma tempestade ainda maior: quando tem intenções de se suicidar e quando fazem mesmo alguma coisa nesse sentido, ou quando fumam, ou quando bebem em excesso, ou quando conduzem loucamente sem pensar nas consequências...!

Pessoal: esta segunda não é a atitude correta, nem a solução. A melhor é a primeira, desde que se vá deixando as emoções sairem.

Por maior que seja a tempestade interior, há sempre alternativas até que ela passe!



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Aninha*